segunda-feira, 24 de maio de 2010

Contra o PEC e as medidas de austeridade!

PONTO DE ENCONTRO
NOVA ESQUERDA

Apelamos aos simpatizantes e aderentes da NE para que participem na Manifestação Nacional da CGTP-IN de 29 de Maio, Sábado, às 15 horas.

Vamos estar, a partir das 14.30 horas, junto do Instituto Camões
(Marquês de Pombal, quem sobe a Avenida, do lado direito).

A POLÍTICA AOS CIDADÃOS
Participemos na Manifestação de 29 de Maio

Todos sabemos que Portugal está à deriva, que está sem rumo, que está à beira da bancarrota. Entendamo-nos, não apenas bancarrota financeira, mas principalmente bancarrota social e política.

Bancarrota social como comprova a perspectiva de que, em vez de diminuírem, a pobreza e as desigualdades sociais, se vão agravar dramaticamente com o novo ciclo de austeridade imposto por José Sócrates às ordens de Bruxelas.

Bancarrota política: o sistema político e os partidos de poder estão totalmente desacreditados e divorciados da sociedade e das pessoas. Partidos esses que provocam intencionalmente a desesperança, o sentimento de que não há alternativa capaz de mobilizar a sociedade para um novo ciclo político de progresso e de justiça social fora da “alternância” sistémica.

Portugal é hoje um país refém das agências de rating e da especulação financeira internacional. Portugal está às ordens do directório de países que mandam na União Europeia, com a Alemanha à cabeça.

Como é que se chegou a uma tal situação? Quem são os responsáveis?

Anos e anos de mau governo, de corrupção e mais corrupção, de promessas não cumpridas.

Anos e anos de políticas neo-liberais em guerra contra as trabalhadoras e os trabalhadores. Políticas neo-liberais que instituíram a mistificação da inevitabilidade do desemprego e da precariedade, que impuseram o medo e a pobreza, e que, desse modo, vitimaram milhões de mulheres, de homens e de famílias, com baixos salários ou com pensões de reforma miseráveis, ou no desemprego.

Anos e anos de falsa alternância no poder, porque o poder de governar foi capturado pelos partidos gémeos de direita PS/PSD, com os seus governos e os seus políticos desonestos, medíocres e incompetentes, apenas preocupados em corresponder aos interesses das grandes oligarquias dominantes. Governos e políticos que têm fomentado e protegido a corrupção.

As relações laborais, o mercado do trabalho e do emprego passaram a reger-se pela lei da precariedade e os jovens, tal como aconteceu na fase final do Estado Novo, porque não têm hoje futuro dentro das fronteiras acanhadas, medíocres e madrastas de Portugal, são empurrados para a emigração.

Quais são as perspectivas de solução para tudo isto? Quando é que acabam os sacrifícios impostos aos trabalhadores? Quando é que acaba a austeridade? Podemos confiar nas promessas do governo Sócrates?

A resposta óbvia é que não existem soluções enquanto se mantiver um tal governo, e é de lamentar que o Presidente da República não consiga alcançar as consequências da terrível incapacidade de José Sócrates e dos seus ministros para superar a situação em que se encontra o País. Por muito menos, Jorge Sampaio demitiu Santana Lopes.

Porque o descrédito deste governo – com o seu parceiro de tango – chegou ao seu limite. Porque é um governo fantoche capaz apenas de criar mais desgraças. Porque é um governo de fachada telecomandado do exterior, anti-social e incapaz de mobilizar o ânimo e a criatividade de todos quantos querem trabalhar, produzir riqueza e ser solidários. Por tudo isto, a única alternativa viável é pôr os cidadãos ao serviço da política.

É essa a única alternativa: a política aos cidadãos! A manifestação de 29 de Maio é um bom começo de mobilização cidadã para forçar a demissão do governo Sócrates – e também um bom começo para se encontrarem novas alternativas políticas, que não passam pelos governos do PSD com a muleta do CDS!

A Nova Esquerda defende que a alternativa para Portugal é uma nova sociedade. Uma sociedade justa, solidária e ecológica.

Uma sociedade que substitua o modelo económico capitalista, que assenta na exploração desenfreada – sem quaisquer limites éticos ou considerações sociais e ecológicas, dos recursos naturais e da força de trabalho –, por um novo modelo de economia social de mercado.

Economia social que garanta o pleno emprego e a preservação dos recursos naturais e patrimoniais, que institua a partilha e a diminuição de tempo do trabalho, que reduza drasticamente as brutais diferenças salariais e desigualdades sociais.

Uma economia que promova e apoie – com especial responsabilidade da Caixa Geral de Depósitos – o terceiro sector de empresas em autogestão sem fins lucrativos, quer sejam iniciativas de criação de auto-emprego ou empresas que sucedam a privadas em processo de falência, cooperativas de produção, cooperativas de distribuição associadas a produtores e a cooperativas de consumo, cooperativas de ensino, culturais e artísticas, associações sociais.

Na medida em que a propriedade privada não é um direito divino, mas apenas um usufruto social concedido aos detentores de meios de produção, também o sector privado deve reger-se por finalidades solidárias e a actividade empresarial deve ser devidamente recompensada, em função dos seus contributos e boas práticas sociais.

A Nova Esquerda defende uma nova sociedade submetida aos valores supremos da justiça e da liberdade, que saiba valorizar os méritos de todos quantos contribuem para o progresso social. Uma sociedade que invista no conhecimento e na ciência.

Uma nova sociedade igualitária e sem discriminações, que assegure a igualdade de oportunidades e a igualdade perante a lei e a justiça.
Uma sociedade que garanta o direito ao trabalho, mas também o direito ao lazer, à formação, à educação, à cultura, à felicidade e à realização pessoais ao longo do ciclo de vida, em todas as idades.
Uma sociedade que não tolere o stress, o assédio, a discriminação e os abusos de poder no trabalho e, de um modo geral, se bata pela realização dos Direitos Humanos.
São alternativas com futuro, são soluções defendidas pela Nova Esquerda – Movimento para uma Nova Sociedade.

São alternativas de progresso, cuja concretização depende do empenhamento de mulheres e homens de todas as idades na dignificação e na valorização da democracia participativa e cidadã.

POR UMA SOCIEDADE JUSTA, SOLIDÁRIA E ECOLÓGICA!
POR UMA ECONOMIA SOCIAL DE MERCADO!

Lisboa, 25 de Maio de 2010

A Comissão Directiva

1 comentário:

GiaSantos disse...

Gosto de dar o meu palpite onde ainda é permitido fazê-lo, mas penso que não iremos a lado nenhum enquanto os nossos governantes não comecem a contar as cabeças que irão para a rua dizer que algo tem que ser feito, eles pensam que o povo português não tem sangue nas veias e que teme ser visto contestando.
Em 2008, contra todas evidências, comunicavam que éramos os maiores da UE, por cá a crise não chegaria, até baixaram o IVA, depois deram o dito por não dito e a crise chegou ao país.
Em 2009 foi a tourada que se viu, somos um país de aficionados, os senhores mantiveram-se na sua e no governo, desmentem as evidências .
No ano passado desloquei-me deliberadamente a uma manifestação nacional convocada contra as políticas do governo, quando cheguei ao M. Pombal senti-me defraudada, não era bem aquilo que eu estava à espera, aquilo era uma manifestação partidária e talvez por isso a participação popular muito reduzida.Bem e eu também não sinto sinpatia pelos P.P., devo ser anarca, pois considero-os coniventes com o estado em que o país se encontra.
Mas este ano lá estarei de novo e em todas as manifestações de rua para mostrar o meu descontentamento.
Penso que ainda será possível alterar-se pacificamente, só pelo número de cabeças a reagir a políticas que só nos arrastarão de barranco em barranco e não sei qual deles será o maior.
Abços.

Mudar de políticas? Depende de nós! - Rede de auto-ajuda política

A NOVA ESQUERDA - Movimento para uma Nova Sociedade quer corresponder às necessidades políticas do país e, ao mesmo tempo, ultrapassar as necessidades políticas do país. Isso não se fará de imediato nem através de um golpe de génio. Far-se-á pelo respeito que possamos promover por nós próprios e por aqueles que se disponham a trabalhar connosco.

Não vamos alimentar discussões estéreis e rivalidades pessoais. Vamos, isso sim, recrutar grupos de pessoas que se interessam pela política para que, juntas, possam desenvolver um espaço de criação e afirmação de ideais e de actividades políticas a propor ao país.

A organização descentralizada faz-se por núcleos NE-MNS, que têm um nome - por exemplo, “prisões sem guardas” (que é uma coisa que já existe noutros países) – um responsável para contactos de outros núcleos, da Comissão Directiva ou de outras entidades, e preferencialmente um blog ou outro modo de se dar ao diálogo e a conhecer a quem esteja interessado no assunto.

A NE-MNS dispõe deste blog para servir de plataforma de inter-conhecimento sobre os núcleos, onde estarão listados os núcleos existentes, com os nomes dos respectivos responsáveis (e contactos; caso o desejem) e uma ligação ao espaço próprio onde divulgam as suas discussões e actividades.

Para este blog devem os núcleos canalizar as suas propostas de acção (abaixo-assinado, refeição convívio, manifestação, tomada de posição, etc.) ou as suas actividades de debate. Da solidariedade dos núcleos uns com os outros dependerá o potencial de sucesso das iniciativas de todos e de cada um.

Mas o blog é, de igual modo, espaço para a livre expressão de opiniões e perspectivas pessoais, de contributos necessários à construção e afirmação de uma NOVA ESQUERDA e de novas práticas políticas.

Vamos dar expressão aos nossos desejos, porque ninguém o fará por nós!

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